Toxicocinética
Absorção
A taxa de absorção do chumbo no trato gastrointestinal depende da quantidade ingerida e do estado fisiológico do indivíduo exposto (idade, jejum, deficiência em ferro e gravidez). [1]
Nos adultos aproximadamente 3 a 10% do chumbo ingerido é absorvido no intestino, sendo o restante excretado nas fezes. Nas crianças esta percentagem pode atingir os 40 a 50%.
Uma vez ingerido por via oral, este metal forma sais de chumbo no estômago que são posteriormente absorvidos no intestino delgado. [2]
O chumbo também pode ser absorvido através dos pulmões quando inalado sob a forma de aerossóis. A absorção deste metal por esta via depende do tamanho das partículas inaladas e do estado físico do composto. [1],[2]
Geralmente, a absorção por via cutânea deste metal é vulgarmente inferior quando comparada com as vias oral e inalatória. [1]
Distribuição
O chumbo é distribuido da mesma forma independentemente da via de exposição. [1] A sua distribuição é semelhante em crianças e adultos, embora estes apresentem uma percentagem superior de chumbo armazenado nos ossos resultante da exposição contínua a este metal. [1],[2]
No organismo, a maior percentagem deste metal encontra-se na circulação sistémica ligado aos glóbulos vermelhos, onde é distribuído para os tecidos moles e/ou ossos. Por este motivo, os níveis de chumbo no sangue podem não refletir a quantidade total deste metal no organismo. [2]
Metabolismo
Este metal não é metabolizado, o seu metabolismo consiste na formação de complexos com proteínas e ligandos não proteicos. [1],[2]
Os principais ligandos extracelulares incluem a albumina e grupos tiol não proteicos e o principal ligando intracelular é o ácido δ-aminolevulínico desidrogenase que se encontra nos glóbulos vermelhos. [1],[2]
Eliminação
Independentemente da via de exposição, o chumbo absorvido é excretado principalmente na urina e nas fezes. No entanto, o suor, o cabelo, as unhas, a saliva e o leite materno são locais de menor excreção. [1],[2]
[1]. https://www.atsdr.cdc.gov/toxprofiles/tp13.pdf (acedido a 15/05/17)
